sábado, 19 de março de 2011

Aproximando as pessoas


Há muitos anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida de 100m. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Todos, com exceção de um garoto que tropeçou, caiu e começou a chorar. Os outros ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viram o menino no chão e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai passar”.
E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Por quê? Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.

sábado, 5 de março de 2011

Exercite sua mente!

Descobrindo a moeda falsa!
Você tem 12 moedas aparentemente idênticas, mas sabe que uma delas, falsificada, tem massa ligeiramente diferente das demais, é mais leve! Usando apenas uma balança de dois pratos, você conseguiria descobrir em 3 medições qual a moeda é falsa?

Quantos pneus?
Uma pessoa vai fazer uma viagem de 18km. Entretanto, o tipo de pneu que usa só agüenta 12km. Assim, coloca 4 novos para rodar e decide-se por levar estepes. Ele deseja levar o número mínimo de pneus adicionais. Quantos devem ser?

A garrafa e a rolha.

Uma garrafa com uma rolha custa R$1,10.
Se a garrafa tem q custar R$1,00 a mais do que a rolha, qual é o preço da garrafa e da rolha isoladamente?


A fotografia
Marcos está olhando a fotografia de alguém. Seu amigo pergunta quem é o homem do retrato. Marcos responde: “Irmãos e irmãs eu não tenho, mas o pai deste cara é filho do meu pai”. Quem está na fotografia?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Oscar Schimidt, o “Mão Santa”


Com 2,05m de altura e 107 kg, Oscar Daniel Bezerra Schmidt foi uma das maiores estrelas do basquete mundial. Entrou numa quadra pela primeira vez aos 13 anos e já media 1,85. Em 1977, foi eleito melhor pivô do sul-americano da categoria juvenil pela seleção e com apenas 19 anos passou a integrar a seleção principal.
O título mais querido de Oscar foi o Pan-Americano com uma vitória histórica de 120 x 115 sobre os Estados Unidos. Nunca nenhuma equipe havia vencido os americanos dentro de seu território.
Oscar participou de cinco Olimpíadas fez 1.093 pontos, e em três delas foi o cestinha da competição. Em apenas uma Olimpíada bateu mais de 10 recordes.
Outros recordes de Oscar Schmidt em Olimpíadas:

ü  Mais minutos jogados;
ü  Mais cestas de dois pontos;
ü  Mais cestas de lances livres;
ü  Mais cestas de três pontos;
ü  Mais pontos por um jogo, com 55 pontos.



Limites do Corpo

Na maratona feminina dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Estados Unidos, 1984, uma atleta entrou no Coliseu cambaleante, o corpo curvado e tombado para a esquerda. As pernas tortas pareciam que não iriam suportar o peso daquela atleta de 39 anos. Os braços mexiam lentamente, num compasso desordenado. A expressão no rosto era de dor, sofrimento e ansiedade. A mesma que se verificava nos rostos perplexos de cada um dos cerca de 80 mil espectadores que estavam presentes no estádio. E a suíça Gabriele Andersen Scheiss continuava no seu passo lento e sofrido.
Apenas os últimos metros a separavam da linha de chegada, depois de percorrer outros 42 mil. Parecia impossível chegar lá. Médicos e auxiliares tentaram tirá-la da pista, mas, num esforço supremo, com todas as forças reunidas, ela repelia os gestos de salvamento. Queria vencer o limite. Exausta, desidratada, demorou mais de sete minutos para percorrer os últimos passos de seu destino. Sete minutos que pareciam mais de sete horas para seus compatriotas, que ligavam incessantemente para as redes de televisão para pedir que a tirassem da pista. Não podiam, Gaby queria chegar ao final. E conseguiu. A linha de chegada foi a fronteira para o colapso e depois para a história. A estréia da maratona feminina em Olimpíadas não escreveu o nome da campeã, a norte-americana Joan Benoit, nos anais das glórias olímpicas. Lá está registrado o de Gabriele Andersen-Sheiss, a 37° colocada entre 44 corredoras. O fato é considerado, até hoje, um dos maiores exemplos de perseverança, gana e espírito olímpico.

Barbosa, o injustiçado

Na hora de escolher o melhor goleiro do campeonato, os jornalistas do Mundial de 50 votaram, por unanimidade, no brasileiro Moacir Barbosa. Barbosa era também, sem dúvida, o melhor goleiro de seu país, pernas com molas, homem sereno e seguro, que transmitia confiança à equipe, e continuou sendo o melhor até que se retirou das canchas, tempos depois, com mais de 40 anos de idade. Em tantos anos de futebol, Barbosa evitou quem sabe quantos gols, sem machucar nunca nenhum atacante. Mas naquela final de 50, o atacante uruguaio Ghiggia o tinha surpreendido com um chute certeiro da ponta direita. Barbosa, que estava adiantado, deu um salto para trás, tocou na bola e caiu. Quando se levantou, certo de que havia desviado o chute, encontrou a bola no fundo da rede. E esse foi o gol que esmagou o estádio do Maracanã e fez Uruguai campeão. Passaram-se anos e Barbosa nunca foi perdoado. Em 1993, durante as eliminatórias para o Mundial dos Estados Unidos, quis dar ânimo aos jogadores da seleção brasileira. Foi visitá-los na concentração, mas as autoridades proibiram sua entrada. Naquela época, vivia de favor na casa de uma cunhada, sem outra renda além de uma aposentadoria miserável. Barbosa comentou: “No Brasil, a pena maior por um crime é de 30 anos. Há 43 anos pago por um crime que não cometi.”

Crônica de Eduardo Galeano, extraída do livro Futebol ao sol e à sombra.



Historico do Futebol

% O futebol surgiu assim ...

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar, chamado Kemari. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo.
Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas era bem grande, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores. Quando os romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.
Na Idade Média, há relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora se usava muito a violência. O Harpastum era praticado por militares que se dividiam em duas equipes: atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores.

Bola de futebol: final do século XIX
 Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado Cálcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum. O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram uma nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.
A Inglaterra é o berço do futebol moderno. Por volta de 1840, o caráter violento do futebol mudou, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. Em 1846, foi publicado o primeiro regulamento do esporte. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa.
No ano de 1904, foi criada a FIFA (Federação Internacional de Futebol Association) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções (Copa do Mundo) de quatro em quatro anos. A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.

 A origem do futebol no Brasil

 Apesar das controvérsias quanto ao precursor do futebol no Brasil, há fortes indícios de que tenha sido Charles Miller. Ele era paulista, filho de ingleses, estudante e jogador de futebol na Inglaterra e, quando retornou ao Brasil vindo de um curso na Inglaterra, em 1894, trouxe consigo uniformes, chuteiras, bolas e as regras desse novo esporte, que passou a ser difundido por ele em São Paulo.
Os primeiros clubes de futebol surgiram em São Paulo, ao final do século XIX, organizados pela colônia inglesa instalada no Brasil. Em seguida, surgiram clubes de brasileiros, inicialmente nas camadas altas e posteriormente nas médias. O futebol praticado pela classe alta conservou seu caráter puramente amador.
Lentamente, as classes mais baixas puderam ter contato com o nobre esporte bretão, por meio das famosas “peladas”, nas quais os meninos pobres, sobretudo os negros e mulatos, que não iam à escola, desenvolviam suas habilidades nesse novo esporte.
Na tentativa de manter as classes mais baixas distantes da prática do futebol, foram criadas estratégias pela elite. Em 1913, o Clube Paulistano rompeu com a associação existente e fundou uma nova, porque queria fazer uma “seleção rigorosa” e exigia que as equipes fossem integradas por jovens delicados e finos.
As ligas organizadoras propuseram medidas como: exigência de atividade amadorística pura, provada por meio do exercício de uma profissão, e obrigatoriedade de assinatura na súmula, quando, na sua maior parte, os jogadores das classes pobres eram analfabetos. Muitos clubes contrataram professores para alfabetizar seus craques e criaram para eles empregos fictícios.
A popularidade do futebol, que atraía um público crescente, dependia do desempenho de suas equipes futebolísticas. Para tal, foi necessário recrutar jogadores das camadas mais baixas, nas quais havia jovens talentosos, que praticavam futebol com dedicação, vendo nesse esporte uma ascensão social. A partir do momento em que existe um público disposto a pagar para assistir a um jogo, abre-se caminho ao profissionalismo.

Esporte e Inclusão

terça-feira, 1 de março de 2011

Histórico do Handebol

% O handebol surgiu assim...

Não se sabe exatamente quem criou o handebol, embora se tenha registros de modalidades semelhantes em vários momentos históricos. A verdade é que, desde a criação da bola, a prática do handebol já parecia ser algo inevitável. Para se ter uma idéia, um jogo parecido já era praticado na Grécia Antiga, fato até citado por Homero, na Odisséia.
Entretanto, a fama de criador do handebol é de um professor de Educação Física, o alemão Karl Sshelenz, considerado o pai do esporte. Em 1919, o professor reformulou o “Torball”, uma modalidade parecida, só que destinada às mulheres, e passou a chamar Handball. Berlim foi palco das primeiras disputas que se desenrolaram num campo de 40x20 metros. O esporte passou a ser praticado por homens, por isso, foram modificadas algumas regras. As dimensões do campo foram aumentadas até que foram igualadas às de um campo de futebol, cada equipe era formada por onze jogadores cada, a bola reduzida de tamanho, permitindo o manuseio com uma só mão, o que proporcionou maior movimentação na prática do jogo.
Devido ao fato do esporte ter sido desenvolvido por um professor de educação física, o handebol ganhou grande aceitação nas escolas e colégios de muitos países, como Alemanha, Áustria, Suécia, Dinamarca e Checoslováquia, iniciando assim, as primeiras competições internacionais. Em 1925, Alemanha e Áustria fizeram o 1º jogo internacional, com vitória dos austríacos por 6 a 3.
Até então, as regras do esporte eram publicadas pela Federação Alemã de Ginástica, fato que mudou em 1927, com a criação da Federação Internacional de Handebol, composta por 39 países membros. Outro importante capítulo da história do handebol foi a sua inclusão pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936.
Os rigores do inverno da Europa, não permitiam a prática do handebol em campo aberto, fato que levou este esporte a uma adaptação, para que pudesse ser praticado em recinto fechado e de menor tamanho. Coube aos suecos a inovação diminuindo o tamanho do campo e o numero de jogadores, que passou a ser de sete atletas. Com isso, as jogadas ganharam em movimentação e rapidez. A natureza do piso possibilitava a maior movimentação com a bola. O campo, por ser de dimensões menores, permitia a todos os jogadores em campo atacarem e defenderem em bloco, o que imprimia às jogadas uma espantosa velocidade, com grandes possibilidades de gol.
Por razão climática, falta de espaço pela preferência do futebol, esporte já implantado em todos os países do mundo, e pelo reconhecimento de que era mais veloz, o handebol de salão passou a ter a preferência do público e se tornou um esporte independente, com técnica e tática própria, suplantando o handebol de campo.
Em 1972, nos Jogos Olímpicos realizados em Munique, na Alemanha, o handebol foi incluído na categoria masculina, reafirmou-se em Montreal, no Canadá em 1976 (masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

O handebol no Brasil

Após a I Grande Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães veio para o Brasil estabelecendo-se na região sul por conta das semelhanças climáticas. Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior contato com a cultura, tradição folclórica e por extensão as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então handebol de campo.
Foi em São Paulo que ele teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando em 1940 foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu primeiro presidente Otto Schemelling.
O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros.
Este handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), órgão que congregava os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de handebol possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculinas e femininas.
Contudo, a grande difusão do handebol em todos os estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros, realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1971, como também nos Jogos Universitários Brasileiros, realizado em Fortaleza, Ceará, em 1972.
A atual Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) foi fundada em 1979, tendo como primeira sede São Paulo e o primeiro presidente o  professor Jamil André.