quarta-feira, 20 de julho de 2011

O massacre do corpo: influência da mídia

O culto ao corpo, também conhecido como corpolatria, é geralmente influenciado pela mídia. Atualmente, os corpos esguios, abdômen definido, corpo bronzeado são algumas das sugestões para que as pessoas sigam. Mas apenas uma pequena parcela atinge tais objetivos. Grande parte das pessoas, ao perseguirem esses ideais de beleza, ficam pelo caminho e, muitas vezes, apelam para formas nada saudáveis para conseguirem seus objetivos. Eu construo meu corpo ou o deixo ser construído?
Em nossa sociedade, o corpo é explorado, além das formas de produção que são evidentes, como o desgaste produzido durante a jornada de trabalho, tornando o corpo máquina. Outro fator que cresce assustadoramente, pressuposto do capitalismo, é o massacre do consumo, pois, por meio dos ideais vigentes, as pessoas são induzidas a consumir, para não se sentirem excluídas do contexto social.
A moda e a mídia também fazem parte da cultura e são instrumentos poderosos de afirmação cultural. Por meio delas, a cultura pode influenciar o modo de agir e ser das pessoas. Pode impor idéias e conceitos a serem seguidos, mas que, geralmente, servem aos interesses das classes dominantes.
O culto ao corpo está cada dia mais presente nas campanhas publicitárias, relacionando este culto à saúde e bem estar das pessoas, divulgando novas e diversas fórmulas para conseguir esses corpos valorizados e aceitos socialmente na busca incessante de uma identidade social. De acordo com esse anseio, a moda é utilizada como “arquivo e vitrine do ser/aparecer, sugerindo comportamentos e atitudes, fabricando selfs performáticos por meio de sutis recriações dos conceitos de verdade, de bem e de belo”. (VILLAÇA, 1999).
Na verdade, a busca incessante pela beleza traz grandes vantagens para a indústria, que vende seus produtos muitas vezes por preços absurdos. Diante dessas circunstâncias, será que você é responsável pela sua identidade corporal, ou é influenciado pela mídia?


Fica uma dica: Devemos ser felizes do jeito que somos, um tanto acima do peso ou um tanto abaixo, mas é claro: não podemos descuidar da nossa saúde.




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