quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ser ou não ser saudável: eis a questão!

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde em seu objetivo de estudo, em 1940, como “um estado de completo bem-estar físico, mental, social e emocional, e não somente a ausência de doenças ou enfermidades”. Trata-se de um avanço, pois até então um médico não daria importância a quem não aparentasse sintomas de doença. A partir daí as ciências da saúde passaram a tratar do homem e não somente da doença.
O conceito atual de saúde, hoje em dia, é mais abrangente, holístico, e até mais rigoroso. Não se espera mais que uma doença se manifeste para que as providências sejam tomadas. Os profissionais de saúde estão atentos a cada vez mais detalhes do corpo humano, a fim de descobrir os menores riscos, os menores desvios da normalidade.
Assim ser saudável, no século XXI, tornou-se incomum. Ainda que não manifeste nenhum sintoma especifico de doença grave, uma pessoa pode não ser considerada saudável, se não estiver na sua mais plena capacidade de produzir e exercer suas atividades diárias. Tornamo-nos hipocondríacos? Eu diria zelosos, caprichosos, exigentes. Buscar a saúde, hoje, não significa apenas evitar a morte, mais principalmente aproveitar a vida com total disposição.
Quer exemplos? Quantas pessoas toleram desvios de coluna, dores de cabeça, dores em articulações, vista cansada, insônia, excesso de sono, bruxismo, sobrepeso, entre outros desconfortos diários ou esporádicos, sem considerá-los problemas urgentes a serem resolvidos?
É por isso que, além da medicina e da farmácia, responsáveis pela cura de doenças, diversas outras áreas da ciência passaram a se envolver na promoção de saúde, de modo cada vez mais integro. Médicos das mais diversas especialidades, farmacêuticos, psicólogos, profissionais de Educação Física, fisioterapeutas, nutricionistas, tantos outros profissionais da saúde, buscam proporcionar aos seus clientes as condições ótimas de funcionamento de seu corpo e de sua mente, baseados em critérios fisiológicos e psicológicos.
E por que os meios de comunicação exploram tanto essas buscas no campo da saúde? E essa constância do assunto na pauta do dia fez da mídia, um aliado poderoso dos profissionais da saúde, que precisam de uma população bem informada e que, assim, possa mudar seus hábitos em prol do seu próprio bem-estar.
O comportamento do homem reflete, benéfica ou maleficamente, no seu corpo, na sua psique, no seu estado mental e vice-versa. Então é difícil ser saudável? Não, nem tanto. Só requer uma boa dose de determinação para assumir para si mesmo em primeiro lugar e em seguida para os outros a opção de agir sempre com respeito ao seu bom funcionamento.

Extraído do livro: Mexa-se, atividade física, saúde e bem-estar/ Fabio Saba – 2 ed. – São Paulo; Phorte; 2008

Hidroginástica

                 As atividades físicas aquáticas provaram ser eficaz no desenvolvimento e manutenção das potencialidades físicas e também orgânicas. Uma componente desse grupo de atividades é a hidroginástica, que vem cada vez mais ganhando adeptos por todo o mundo. Segundo alguns especialistas, os exercícios aquáticos são mais divertidos, agradáveis, eficazes, estimulantes, cômodos e seguros.
Nos indivíduos idosos, a prática de atividade física ajuda a manter ou melhorar a densidade mineral óssea o que é de extrema importância para a prevenção e o tratamento da osteoporose. Também melhora a força muscular, a flexibilidade articular e o equilíbrio, reduzindo a incidência de quedas e o risco de fraturas.
          Benefícios
               Na hidroginástica, o principal objetivo é o condicionamento cardiovascular e muscular, por meio do treinamento em flexibilidade, coordenação motora e relaxamento. Segundo especialistas, a hidroginástica é extremamente eficaz no combate ao estresse, além de contribuir para uma melhor qualidade de vida dos indivíduos.
               Ao contrário dos exercícios realizados no solo, a prática da hidroginástica não é acompanhada por dores, transpiração e sensação de exaustão. Dentro da água, o indivíduo tem uma sensação de redução no peso, o que reduz de maneira importante à tensão nas articulações. Com isso, os exercícios realizados dentro da água são desenvolvidos com maior facilidade, aumentando o rendimento do aluno e possibilitando a prática de atividade por um período de tempo maior. Como o impacto é reduzido, as dores e os espasmos musculares pós-atividades praticamente não ocorrem. O gasto calórico médio é de 260-400 Kcal/hora.
                Um benefício bastante agradável da hidroginástica é a massagem proporcionada pela água, por meio da pressão e da resistência. Isso garante um efeito suavizante sobre a musculatura, ajuda a aumentar a circulação periférica de sangue e alivia as tensões.
A hidroginástica, quando praticada de maneira adequada e regularmente, permite uma melhora em todos os componentes do condicionamento físico, que são:
• Componente Aeróbico: melhorando a capacidade cardiovascular e pulmonar;
• Componente de Força Muscular;
• Componente de Resistência Muscular;
• Componente de Flexibilidade;
• Componente de Composição Corporal: relaciona-se à relação entre a massa magra e a quantidade de gordura.
                  Outra vantagem importante da hidroginástica é que ela é uma das poucas atividades que podem ser realizadas por indivíduos com pouco ou nenhum condicionamento físico. Com isso, pessoas de qualquer idade, inclusive gestantes, podem praticá-la. Nas gestantes, a hidroginástica ajuda na prevenção das dores lombares e cervicais e aumenta a circulação nas pernas, facilitando o parto e o período de recuperação.

O massacre do corpo: influência da mídia

O culto ao corpo, também conhecido como corpolatria, é geralmente influenciado pela mídia. Atualmente, os corpos esguios, abdômen definido, corpo bronzeado são algumas das sugestões para que as pessoas sigam. Mas apenas uma pequena parcela atinge tais objetivos. Grande parte das pessoas, ao perseguirem esses ideais de beleza, ficam pelo caminho e, muitas vezes, apelam para formas nada saudáveis para conseguirem seus objetivos. Eu construo meu corpo ou o deixo ser construído?
Em nossa sociedade, o corpo é explorado, além das formas de produção que são evidentes, como o desgaste produzido durante a jornada de trabalho, tornando o corpo máquina. Outro fator que cresce assustadoramente, pressuposto do capitalismo, é o massacre do consumo, pois, por meio dos ideais vigentes, as pessoas são induzidas a consumir, para não se sentirem excluídas do contexto social.
A moda e a mídia também fazem parte da cultura e são instrumentos poderosos de afirmação cultural. Por meio delas, a cultura pode influenciar o modo de agir e ser das pessoas. Pode impor idéias e conceitos a serem seguidos, mas que, geralmente, servem aos interesses das classes dominantes.
O culto ao corpo está cada dia mais presente nas campanhas publicitárias, relacionando este culto à saúde e bem estar das pessoas, divulgando novas e diversas fórmulas para conseguir esses corpos valorizados e aceitos socialmente na busca incessante de uma identidade social. De acordo com esse anseio, a moda é utilizada como “arquivo e vitrine do ser/aparecer, sugerindo comportamentos e atitudes, fabricando selfs performáticos por meio de sutis recriações dos conceitos de verdade, de bem e de belo”. (VILLAÇA, 1999).
Na verdade, a busca incessante pela beleza traz grandes vantagens para a indústria, que vende seus produtos muitas vezes por preços absurdos. Diante dessas circunstâncias, será que você é responsável pela sua identidade corporal, ou é influenciado pela mídia?


Fica uma dica: Devemos ser felizes do jeito que somos, um tanto acima do peso ou um tanto abaixo, mas é claro: não podemos descuidar da nossa saúde.




O basquete surgiu assim...

 O criador foi James Naismith, professor de educação física na Associação Cristã de Moços (ACM), em Massachussets, nos Estados Unidos, em 1891. O rigoroso inverno norte-americano tornava impossível a prática de esportes ao ar-livre. Então James Naismith teve a missão de criar um esporte em ambiente fechado, que não deveria ser violento e que estimulasse a coletividade.
Depois de algumas reuniões com outros professores de educação física da região, James Naismith chegou a pensar em desistir da missão.  Refletindo bastante, chegou à conclusão de que o jogo não poderia ser tão agressivo quanto o futebol americano, para evitar conflitos entre os alunos, e deveria ter um sentido coletivo. Ele tinha em mente um jogo onde o objetivo seria acertar um alvo em local fixo com uma bola, com certo grau de dificuldade e deveria ser jogado com as mãos, mas a bola não poderia ficar retida por muito tempo e nem ser batida com o punho fechado, para evitar socos acidentais nas disputas de lances.
Conversou com o zelador e conseguiu um cesto de pêssegos e prendeu numa altura de 3,05 m, onde imaginava que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a bola que fosse arremessada para o alvo. Tamanha altura também dava certo grau de dificuldade ao jogo, como Naismith desejava desde o início. Esta altura permanece até hoje.
A partir daí pensou nas regras do jogo. James Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do esporte, estavam tão claras em sua cabeça que foram colocadas no papel em menos de uma hora. As regras continham 13 itens e foram afixadas no mural da escola convocando os alunos para experimentarem este novo esporte.
O primeiro jogo foi disputado entre um time de alunos contra um time de professores. O time dos alunos saiu vitorioso da partida, o placar foi de 5X1. O jogo foi marcado por muitas faltas.
Um dos incômodos era a cesta. Toda vez que uma era convertida alguém tinha que subir no apoio para retirar a bola de dentro. A solução foi encontrada alguns meses depois, simplesmente cortando-se a base da cesta.
Com o grande crescimento do basquete, o principal incentivo ao esporte foi dado pela Federação Internacional de Esportes Atléticos (IAAF), que era a entidade articuladora do movimento olímpico no início do século. Em 1932, nascia a Federação Internacional de Basketball Amador (FIBA).
James mal sabia que estava criando um dos esportes mais populares do mundo. A glorificação veio com a inclusão do basquetebol no calendário olímpico de 1936, em, Berlim. James Naismith deu o primeiro bola-ao-alto da história das olimpíadas.
O basquete, hoje, é praticado por milhões de pessoas em todo o mundo. Já passam de 170 os países filiados à FIBA.


A mídia e o voleibol

A mídia sempre esteve presente para informar o cidadão, em especial, através do jornal impresso, das rádios e, principalmente, a televisão. Atualmente, outras mídias estão presentes com o advento da computação e da internet: sites, blogs, etc.
No esporte em geral sempre foi dado mais atenção ao futebol em nosso país, que é um esporte considerado de massa, praticado por milhares de pessoas. A partir do final da década de 80, um fenômeno aparece para modificar totalmente alguns esportes: o marketing e, especificamente, o marketing esportivo, onde as empresas reconheceram no esporte uma forma de exposição de marcas, produtos, etc.
Porém, o esporte até então com mais espaço na mídia era o futebol, onde começavam a explorar placas de patrocínio, nas camisas, etc. O futebol é um esporte onde o tempo de transmissão é considerado extenso, afinal só de jogo oficialmente são 90 minutos.
No Brasil apareciam os atletas de outros esportes com uma imagem jovem, atraentes e que poderiam vender bem os produtos e, os escolhidos foram os atletas de voleibol. Inicia-se ali uma nova relação do voleibol com a televisão.
Para viabilizar-se a transmissão de partidas de voleibol, que eram longas, com 3 a 4 horas de jogo, eram necessárias algumas mudanças, em especial, na diminuição do tempo de jogo. Em função disso foram realizadas algumas mudanças desde então na relação do jogo com a televisão e, essas mudanças foram através das regras do esporte.
A seguir algumas regras que foram modificadas pela influência da mídia:
  • O sistema de vantagens aplicado ao voleibol era o principal problema aos interesses da televisão. O ponto era marcado somente quando a equipe recuperasse a vantagem e, logo em seguida, confirmasse a vantagem adquirida. Dessa forma, as partidas devôlei se tornavam muito demoradas.
  • Só era permitido o contato com partes do corpo que fossem acima da cintura.
  • O local destinado para o saque era restrito, a um espaço pré-estipulado.
  • O saque, ao tocar a rede, era imediatamente anulado, dando a vantagem à equipe adversária.
  • Para a chamada recepção da primeira bola, não era permitido o contato com as mãos separadas umas das outras.
Este conjunto de regras sofreu transformações que possibilitaram ao jogo uma maior dinamicidade e previsão. Isso teve, na mídia, uma grande aliada. Nesse contexto, o voleibol, com a ajuda da televisão e o interesse de outros agentes envolvidos (dirigentes, técnicos, jogadores, etc.) passou de um esporte pouco conhecido, a um esporte “popular”, conhecido e praticado por pessoas de todas as classes sociais e de todas as regiões do Brasil. Com isso, o esporte se tornou um empreendimento que rende milhões com a divulgação de produtos dos patrocinadores, que começavam a se interessar pelo esporte.